Aquiles Lins
Da Redação
Em entrevista ao CT na manhã desta quarta-feira, 2, o secretário de Planejamento e Modernização da Gestão, Eduardo Siqueira Campos, afirmou que considera uma vitória para o governo estadual a eleição do deputado Raimundo Moreira (PSDB) para a presidência da Assembleia Legislativa, mesmo com a oposição tendo ocupado as outras seis vagas da Mesa Diretora da Casa.
“Mantivemos em todo tempo a coerência interna, pois saímos de nove deputados, para conquistar o décimo, até o 13° voto. Foi um exercício de diálogo, que começou ainda no final do ano passado, nas discussões com as centrais sindicais e posteriormente com os partidos. Em todo o tempo, mantivemos a união do nosso grupo”, afirmou.
Eduardo afirmou também que, com o novo cenário, será preciso exercitar ainda mais a “tolerância” e o “diálogo” dentro Casa. “Quando aprendemos a conviver com as diferenças e divergências, como ficou claro na composição da Mesa Diretora, é preciso exercitar a tolerância. E é exatamente isso que o governo fará”, garantiu.
O fato do deputado Iderval Silva (PMDB) ter afirmado que “errou” o seu voto ao escolher o deputado Moreira, Eduardo acredita que o erro não foi intencional. “É preciso dizer que em nenhum momento o deputado Iderval manteve qualquer conversa conosco, até porque, se ganhássemos o Iderval, perderíamos o Amelio [Cayres]”, revelou.
Solange X PT
Sobre a disputa interna que o rachou o PT na eleição da Assembleia, levando o partido a apoiar o governo e a deputada Solange Duailibe (PT) a lançar candidatura, a opinião de Eduardo Siqueira é semelhante à do presidente do partido, Donizete Nogueira. “Excluíram o PT e fizeram uma negociação fora do partido, mesmo depois dos pedidos do PT para que a deputada Solange participasse das discussões em torno do posicionamento do partido na eleição da Assembleia.”
Apesar do apoio do PT ao governo na eleição da Casa, o fato de Donizete ter reafirmado ao CT, nessa segunda-feira, 1°, que o partido ficará na oposição, reforçando o bloco oposicionista na divisão das comissões, não preocupa o governo, segundo Eduardo Siqueira. “O PT age dentro das instâncias partidárias, não me preocupa que o partido fique na oposição", garantiu.
“Oposição propositiva?”
Ao comentar qual será o papel da oposição na Assembleia, o secretário do Planejamento aproveitou para alfinetar o ex-governador Carlos Gaguim (PMDB). Segundo ele, Gaguim, que assistiu à votação na AL, teria, aos gritos, falado que o governo “vai ficar 90 dias sem a LDO”, numa referência à obstrução da oposição em votar as alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2011, propostas pelo governo que, entre outras mudanças, propõe reduzir o repasse aos orçamentos dos Poderes. “Será essa a oposição propositiva que eles vão fazer?”.
Transparência
Numa referência velada a possíveis irregularidades cometidas na presidência da Assembleia em gestões anteriores, Eduardo Siqueira defendeu que o atual presidente Raimundo Moreira divulgue a execução do orçamento da Casa durante a gestão anterior, comandada pelo atual deputado federal Júnior Coimbra (PMDB). “Todo e qualquer deputado que assumisse a presidência da Assembleia deveria ter a obrigação de mostrar o que foi feito com o orçamento pela gestão anterior, até como forma de mostrar para a população o que está sendo feito com os recursos do povo”, finalizou.
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