Ontem, segunda-feira, 26, uma grande comitiva de lideres araguatinenses compareceram à festa de anúncio da união entre Siqueira Campos(PSDB), João Ribeiro(PR) e Kátia Abreu(DEM) no auditório da ATM em Palmas.
Estiveram no evento os vereadores, Abrão Lima(PP), Professor Assis(PR), Nemésio Parente(PR) e Josenildo Marques(DEM); suplentes de vereador, Sérgio Gomes, Antônio Evangelista(PTB); ex-prefeitos, Ronald Correa(PR) e Bolecho(PR); ex-vereador, LL Soares; lideres, Alday Machado, Jailson Pontes, Marcos da Eticcam, Wendell Silva, Goiano, Leocândido Silva, Marli Gonçalves, Valdenan Ribeiro, James Lima, Jose Aparecido, Gilvan Técnico, Antônio Costa, entre outros.
O Evento
Para tentar chegar pela quarta vez ao comando do Palácio Araguaia, o ex-governador José Wilson Siqueira Campos (PSDB), 81 anos, parece ter adotado um discurso moderado, com poucas críticas aos adversários e voltado à “esperança”, à “conciliação” com antigos adversários e a “retomada da confiança do Tocantins”. Pelo menos esse foi o tom dado pelo tucano ontem à tarde, no auditório da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), em evento político promovido pelo PSDB, DEM e PR e demais siglas da composição que vai apoiá-lo na disputa deste ano.
A estrutura do discurso, quase todo lido, é semelhante à adotada pelo presidente Lula em 2002, quando conseguiu vencer a eleição nacional. A equipe de publicidade responsável pela pré-campanha e posteriormente pela campanha de Siqueira é comandada por Duda Mendonça, mesmo profissional que ajudou Lula a se eleger em 2002.
O evento de ontem, que serviu para oficializar o apoio desses partidos a pré-candidatura de Siqueira a governador, teve um auditório completamente lotado, inclusive com muitas pessoas precisando ficar do lado de fora da ATM para ouvir os discursos pelo sistema de som. A estrutura contou com pelo menos dois grandes telões, televisores LCD espalhados pela sede da ATM, sala especifica para os profissionais da imprensa, além de duas grandes tendas do lado de fora do prédio. Principal quadro DEM no País com mandato atualmente, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi um dos presentes. Ele fez um breve discurso, no qual lembrou o trabalho de Siqueira Campos para criar o Tocantins como deputado federal constituinte em 1988. Outro presente foi o presidente da ATM Valtenis Lino, da executiva estadual do PMDB que já declarou apoio ao tucano.
Em cerca de 40 minutos de fala, Siqueira, que leu a maior parte do seu discurso, falou em “restaurar a confiança” no Estado e disse lamentar a ausência de plano estratégico no Tocantins. “O que mais me angustia é a falta de um projeto sério de Estado”, ponderou.O ex-governador disse estar mais preparado e com mais energia para governar, frisando que está renovado e é adepto a mudança. No entanto, deixou claro que não ia abrir mão de fazer um “combate enérgico” contra a corrupção no Tocantins. Em nenhum momento, Siqueira nominou qualquer adversário e tampouco fez referência à derrota em 2006, na disputa contra Marcelo Miranda (PMDB) – que acabou cassado em junho do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político na eleição contra o ex-governador tucano.
Em vários momentos, ao falar de “esperança”, Siqueira defendeu a necessidade de se ajudar a parte mais pobre da população, que, segundo ele, precisa receber mais atenção da administração pública. Nesse sentido, lamentou que o Estado tenha pessoas pobres que não têm condições de contar com um “prato de comida” em casa.
Siqueira não apresentou muitas propostas, mas prometeu, se eleito, combater o tráfico de drogas no Estado, ressaltando que hoje muitas famílias são vítimas do crack. Siqueira assegurou, ainda, que um eventual quarto mandato será com as portas do Araguaia aberto a todos, pois o Palácio “não foi feito para os poderosos e sim para o povo”.Por fim, Siqueira disse não querer receber votos por gratidão, mas sim pelo que tem condições de, junto com o seu grupo de aliados, promover Estado.
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