Ads 468x60px

26/01/2010

Confira a correção da prova de linguagens do vestibular 2010 da Unesp

Confira a correção da prova de linguagens do vestibular 2010 da Unesp

Foram cobradas 12 questões discursivas.
Professores de cursinhos também comentam a redação.
Do G1, em São Paulo
Tamanho da letra
Professores de cursinhos ouvidos pelo G1 consideraram de fácil para médio o nível de dificuldade da segunda prova da segunda fase do vestibular da Universidade Estadual Paulista (Unesp), aplicada nesta segunda-feira (21). O exame cobrou, principalmente, interpretação de textos.

Os candidatos fizeram a prova de linguagens - com oito questões de português, quatro de inglês e uma redação. Foi o último dia da segunda fase do vestibular 2010. A lista de convocados será divulgada no dia 29 de janeiro.

Professora de inglês do Anglo, Sirlene Aparecida Arão ressalta que a maior dificuldade das provas dissertativas para os alunos é escrever corretamente. "Antes, havia poucos vestibulares com questões dissertativas, mas os alunos devem começar a se acostumar. Os candidatos têm de expressar corretamente o que pensam, de maneira clara e precisa. Precisam ter cuidado para o fluxo do pensamento não passar para o papel", diz.

O professor Héric José Palos, do curso Etapa, alerta que o desempenho de todos os alunos terá de ser alto. “Os detalhes vão pesar muito nessa prova. Um erro bobo neste tipo de exame pesa muito e pode fazer diferença, porque a maioria dos candidatos vai bem”, afirma.

O professor Nelson Dutra, do Objetivo, explica que o candidato com domínio linguístico maior vai mostrar essa habilidade em toda a prova. “Dependendo da forma como uma questão é respondida, ela pode influenciar diretamente o resultado final.”

Confira o caderno de questões do exame de linguagens e a redação da Unesp 2010


 
Veja comentários por matéria:
Português
O supervisor de literatura do Anglo, Dácio Antonio de Castro, afirma que algumas questões tiveram nível de dificuldade razoável, mas a maioria era fácil. “Não chegam a ser questões complexas. A prova foi montada a partir de um paradigma de comparação. Com isso, promoveram um diálogo intertextual, tanto de época quanto de gêneros distintos”, afirma.

Já o professor Héric José Palos, do curso Etapa, avalia que o exame foi curto e de fácil entendimento, com tempo suficiente para cada candidato fazer uma boa prova. “Foi uma prova tranquila, com enunciados de questões que ajudavam a composição das respostas. A seleção de textos não teve problemas. Todos eram simples e claros.”

O professor Nelson Dutra, do Objetivo, afirma que a prova exigiu interpretação de texto, mas também considerou o teste relativamente fácil. “Houve um número menor de questões. Os textos selecionados também eram mais simples. A prova exigia uma competência lingüística e de dificuldade média, no máximo.”
Inglês
O coordenador de inglês do curso Etapa, Alahkin de Barros Filho, explicou que o exame de inglês também cobrou interpretação de texto dos estudantes. “Escolheram um texto retirado de um jornal com vocabulário de dificuldade média e um tema conhecido, o filme sobre a vida de Jean Charles de Menezes. O objetivo era avaliar se o candidato entendeu o texto. As três perguntas iniciais eram simples e fáceis. A última era um pouco mais complicada”, diz o professor.

A coordenadora de inglês do curso Objetivo, Cristina Armaganijan, afirma que o exame exigia conhecimentos de inglês aprendidos no ensino médio. “Havia questões um pouco mais complicadas, com palavras e expressões para testar vocabulário. Quem acompanhou bem o ensino médio, faria a prova com tranquilidade”, diz.

A professora de inglês Sirlene Aparecida Arão, do Anglo, afirmou que a prova foi mais trabalhosa do que difícil. Para ela, os alunos deveriam ficar atentos com a formulação das respostas para não cometer erros. “Cada pergunta tinha várias partes. Não era simplesmente interpretação de texto, o aluno tinha que ler, entender, interpretar e explicar em português. Mas, por ter como tema um assunto conhecido, o exame não deve ter oferecido problema”, diz.
Redação
O professor de literatura Eduardo Calbucci, do Anglo, avalia que o tema pedido na redação foi pouco criativo. “Era uma dissertação com um tema explícito, sobre o ter e o ser. A própria proposta da banca ajudava o candidato, que relê os textos da prova sobre essas relações. Optaram por facilitar a vida dos alunos, que têm mais tempo para discorrer sobre o tema”, diz.

Para Calbucci, o candidato poderia ancorar seu discurso na realidade, apesar do tema proposto ser abstrato. “Em tese, este era um tema filosófico, universal. Não era um tema sobre um fato atual, mas dava margem para um discurso sobre a realidade”.

O professor Héric José Palos, do curso Etapa, considerou a prova fácil e de nível simples. “Qualquer um já refletiu sobre isso. E mesmo que alguém nunca tivesse pensado a respeito disso, teria argumentos para usar na redação após ler os últimos dois textos da prova de português, que falavam sobre o assunto”, diz.

Apesar de o tema da redação ser bem acessível ao vestibulando, o professor Nelson Dutra, do Objetivo, afirma que o assunto pede uma posição crítica dos candidatos. “Exige certa maturidade linguística também. Por mais fácil que seja o tema, o aluno deve ter articulação e idéias coesas. A grande peneira será a qualidade do texto”, diz.

Primeiro dia da segunda fase

No domingo (20), os candidatos responderam a 24 questões dissertativas, sendo 12 de ciências humanas e outras 12 de ciências da natureza e matemática.

Confira a correção do primeiro dia da segunda fase da Unesp 2010

A universidade vai usar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no seu vestibular deste ano desde que o Ministério da Educação entregue as notas dos candidatos da Unesp até o dia 20 de janeiro.

0 comentários:

Postar um comentário