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11/04/2011

TOCANTINS: Usuários do Plansaúde seguem sofrendo com falta de atendimento

Até finalizar o impasse do contrato entre o governo do Estado e a Unimed Centro-Oeste e Tocantins, atual operadora do Plansaúde (plano de saúde dos servidores públicos estaduais), os usuários continuam tendo prejuízos. A funcionária pública Joselma Lima de Araújo, 28 anos, contou que desde 2005 seus dois filhos são usuários do plano e agora está percebendo que está muito complicado conseguir consultas com alguns especialistas, principalmente, endocrinologista e pediatra.
Um dos filhos de Joselma de Araújo tem problemas respiratórios e precisa de um acompanhamento de um otorrino, mas por falta de profissionais que atendam pelo plano, a solução da funcionária pública está sendo procurar o Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU). “A gente sabe que o SAU é de emergência, mas acaba tendo que vir fazer coisas que poderiam ser resolvidas com uma consulta”, comentou.
A situação da dona de casa Cecyane de Sousa Mendes, 29 anos, salientou que há dois meses ela descobriu que está grávida e desde então, tenta um ginecologista para fazer o pré-natal. Só que, além de não ter opções de profissionais, os poucos que atendem só tem vagas disponíveis para os próximos meses. Na última segunda-feira, Cecyane Mendes precisou recorrer ao SAU para pegar um pedido de uma ultrassonografia.
O SAU tem sido a única opção para vários usuários. O local, que seria para atendimentos emergenciais, está sendo utilizado pelos usuários para simples consultas.
A situação se repete com a funcionária pública aposentada, Eurides Alves Gomes, 54 anos, de Paraíso, que precisou se deslocar até a Capital para fazer uma consulta. “É difícil, a gente está contribuindo e quando precisa não tem”, comentou. Eurides Gomes contou que, mesmo tendo um plano de saúde, está pagando consultas particulares para poder dar continuidade a tratamentos com endocrinologista, neurologista e cardiologista. “Eles deixaram de atender e eu preciso, então tem que pagar particular”, frisou.
SAL
Segundo a administradora do SAU, Eliane Inácio, apesar da demanda no local estar crescendo, não há relação com os problemas enfrentados pelos usuários do Plansaúde. “É um fluxo normal, ocasionado pelo clima, mudança de temperatura, não tem nada a ver”, explicou.
Problema
O problema do Plansaúde é consequência a proximidade do fim do contrato da operadora com o governo do Estado. O contrato termina no dia 14 de abril e, há um mês, o governo chegou a anunciar que não iria renová-lo. Porém, na semana passada, após recomendação formal do Ministério Público Estadual (MPE), o governo optou por começar uma negociação para uma possível prorrogação. (Jornal do Tocantins)

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