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30/01/2011

TOCANTINS: Gaguim diz que Siqueira não dá conta de administrar o Estado

O ex-governador Carlos Gaguim (PMDB) respondeu, duramente a nota distribuída pelo governo Siqueira Campos (PSDB) nesta quinta-feira, 20, em que o culpa pelas 15,5 mil demissões promovidas pela atual gestão na semana passada. “O Siqueirido está desesperado porque sabe que não vai dar conta de cumprir o que prometeu em campanha, que não dá conta nem tem competência para administrar o Estado”, disse Gaguim, numa referência ao personagem criado pela campanha eleitoral de Siqueira Campos.
Gaguim garantiu que deixou em caixa dinheiro para pagar as dívidas de sua gestão, como as consignações em folha e o acordo com a Polícia Militar, citados na nota do atual governo. Para a saúde, ele disse que deixou recursos da Fonte 45, e os débitos estão dentro dos “30 e 40″ dias que levam para ser quitados. “O que é normal. Além disso, entraram R$ 135 milhões do FPE [Fundo de Participação do Estado] no dia 10 para o pagamento do acordo da PM e da consignação em folha”, afirmou. “E a equipe de transição dele teve as portas abertas por três meses e chegou a anunciar na imprensa que eu tinha deixado dinheiro em caixa.”
“Não fiz como ele [Siqueira], que no dia 31 de dezembro de 2002, cancelou R$ 1 bilhão de empenhos, que tiveram que ser reempenhados no dia 5 pelo [ex-governador] Marcelo Miranda e pelo [ex-secretário de Infraestrutura] Brito Miranda no dia 5 de janeiro de 2003. Isso mesmo! O Siqueirido deixou R$ 1 bilhão de dívida para o Marcelo Miranda, e posso provar isso porque na época eu era presidente da Comissão de Orçamento da Assembleia”, afirmou Gaguim.
Denegrir
Para o ex-governador, a nota distribuída por Siqueira é parte da campanha do novo governo “para denegrir” sua imagem. “Ele vai fazer de tudo para denegrir a minha imagem, para tentar me pôr na cadeia, como ele fez com o [Moisés] Avelino: tentou de toda forma denegrir o ex-governador Avelino e pô-lo na cadeia, chegando a abrir um monte de processo contra o Avelino. É a estratégia do Siqueira, a estratégia do mal, do rancor, do ódio e da ditadura. Voltamos ao passado!”, criticou Gaguim.
O ex-governador, contudo, disse que “não vai dar paz”. “Vou cobrar 24 horas o Siqueirido. Quero este mês ver o salário de R$ 5 mil que ele prometeu para os soldados, um médico na porta de cada cidadão! Por que ainda não reduziu o preço do combustível e da energia? E já está em débito em umas 200 casas das 70 mil que ele disse que vai fazer”, afirmou Gaguim.
Para ele, “o Tocantins mudou”. “Não é mais como na época em que ele achava que era dono do Estado. O Tocantins não tem dono. Eu conclamo cada cidadão, os chefes dos poderes, que ele já quer prejudicar mexendo na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] e no Orçamento, a não permitir que o passado retorne e que a ditadura prevaleça”, disse.
Não era preciso
Gaguim afirmou que o Estado “já está em plena ditadura”. “Já foram transferidos 41 militares porque eram ligados a mim, os professores estão sendo perseguidos, demitiram milhares de servidores sem necessidade, os comerciantes estão aterrorizados e os empresários hoje já fogem do Estado”, disse.
Para o ex-governador “é lamentável” tachar os servidores comissionados de “fantasmas”. “São pais de famílias que contribuíram decisivamente para a construção deste Estado, foi uma demissão cruel e desnecessária, que jogou em desgraça quase 20 mil pais de família. Para quê, meu Deus?”, questionou Gaguim.
Ele afirmou que as contratações desses servidores “foram feitas pelo próprio Siqueira, porque foi ele [Siqueira] quem fez a lei, quem entrou com a ação e agora quem demitiu”. “Como me culpar? É só defendi esses servidores. Agora ele, não. Ele criou a lei, junto com o Marcelo Miranda, que é cria dele, não minha; e foi ele quem entrou com a ação para demitir esses trabalhadores, e o advogado dele nessa ação é hoje seu secretário de Segurança, Cidadania e Justiça”, disse Gaguim, se referindo ao advogado João Costa Ribeiro Filho, autor da ação do PSDB que resultou na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de determinar a exoneração dos comissionados. “A demissão dessas milhares de famílias foi a maior perseguição do mundo, um ato de uma pessoa que não está em sã consciência, de quem quer o caos no Estado”, avaliou o ex-governador. (Portal CT)

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