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15/03/2010

SOB PROTESTOS, DEPUTADOS APROVAM PROJETO DE REAJUSTE DOS PROFESSORES Voz do Bico


Sob os protestos dos professores da rede estadual de ensino, os parlamentares da Assembleia Legislativa aprovaram, às 21 horas de quinta-feira (11/03), o projeto de lei que concede o reajuste salarial de 16,6%. A contraproposta da categoria definida em assembleia geral ocorrida hoje nem chegou a ser apreciada pelo Governo. Dessa forma, no total acumulado, o reajuste aprovado é de 22,74%, sendo 5% concedidos em outubro do ano passado, 2% para o próximo mês de maio e 14,6% para junho. Além do reajuste, o Governo se comprometeu a revisar o PCCS - Plano de Cargo, Carreiras e Subsídios - até junho e a criar uma comissão tripartite permanente - com representantes do SINTET, SEDUC e Poder Legislativo - para assuntos da Educação.

Os professores presentes na galeria da Assembléia vaiaram os deputados e lamentaram a posição dos parlamentares em aprovar o projeto sem o consentimento da categoria. A líder do Governo na Casa Josi Nunes disse que esse reajuste, mesmo não sendo o que a categoria merece, foi o percentual máximo possível para ser concedido. 

Para o presidente do SINTET José Roque, os parlamentares foram precipitados em votar o projeto sem receber a contraproposta da categoria. Mesmo com a aprovação, José Roque disse que a greve continua. A diretoria executiva deverá se reunir para definir os próximos encaminhamentos a serem tomados.

Assembleia geral
A assembléia geral dos professores da rede estadual de ensino, que ocorreu durante todo o dia 11 havia decidido em apresentar uma nova contraproposta ao Governo. A categoria esperava receber o reajuste mínimo de 25%, e queria que o reajuste fosse feito em três parcelas. Já considerado os 5% concedidos no ano passado, a categoria queria que 15% fosse pago em abril, 2% em maio e 3% em junho. Mas o Poder Legislativo nem chegou a analisar essa contraproposta. Foi um dia de intenso debate entre os professores até que se chegasse a esse consenso. Foi também um momento histórico que reuniu novamente mais de mil trabalhadores em Educação na luta pelos seus direitos. A prova de que a categoria está cada vez mais mobilizada pela causa.

Para o professor do município de Guaraí Andre Wildner, a proposta apresentada pelo Governo já era razoável e o maior avanço conseguido nas negociações foi a revisão do PCCS e a criação da comissão permanente para assuntos da Educação, mas que respeitaria a decisão da maioria. Já o professor Martins de Lima, de Araguaína, não aceitou a proposta do Governo e queria um reajuste mais justo para a categoria, uma vez que considerava o salário dos professores muito defasado.

O professor do Colégio Estadual Santa Fé, de Taquaralto, Manoel da Costa parabenizou o trabalho do SINTET pelo avanço das negociações com o Governo. "Nós paramos nossas atividades, agimos em defesa do que queremos e de vermos o que é melhor para a nossa categoria como um todo", disse.

Após a decisão dos professores, a categoria seguiu em passeata até a Assembleia Legislativa e fizeram um manifesto pela aprovação na nova proposta e contra o deputado Raimundo Palito, que na semana passada criticou o trabalho dos professores do Estado. (Com informações do SINTET)

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