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26/01/2010

Remédios piratas são vendidos nas ruas do Maranhão

O crime desafia a polícia. O comércio pirata é praticado a céu aberto, sem qualquer cerimônia.
A venda de remédios caseiros é tão escancarada que nem é preciso usar uma câmera escondida. Tudo é feito à luz do dia mesmo, sem nenhuma fiscalização.

Feirante - Esse serve para dor de cabeça, só que não é para vender. O rapaz deixou aqui e vai levar para o interior.
Repórter - Mas atrás tem preço em cada um deles. Por que tem preço?
Feirante - Não vou falar nada.

Em uma banca, além das garrafadas e raízes também são vendidos medicamentos industrializados. A feirante Francisca orienta os compradores: “Eles não deixam receita, de jeito nenhum. Só dizem que compra e leva e pronto”.
Pimentão, tomate, cebola e também remédios - não deveria, mas a venda de medicamentos é uma prática muito comum nas feiras livres e nas ruas de pequenas cidades do interior do Maranhão. Já farmacêuticos e bioquímicos, ou qualquer profissional dessa área, não são encontrados por aqui.



No fim do ano passado, a Polícia Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária fecharam dois laboratórios clandestinos no estado. Em um deles havia uma tonelada de remédios fitoterápicos e 500 quilos de matéria-prima.

"As condições são bem precárias e ficamos até assustados mesmo com as condições que encontramos”, comenta o fiscal da Anvisa Renato Hurtado.

Poucos dias depois, uma surpresa. Quase todos os remédios expostos na prateleira de uma loja foram fabricados no laboratório que tinha sido interditado.
"A população precisa ajudar, denunciar, porque é a grande prejudicada", alerta a coordenadora de Vigilância Sanitária Elisângela Machado.

Segundo a Anvisa, ano passado, em todo o Brasil, foram recolhidas 330 toneladas de remédios falsificados, sem registro ou contrabandeados.

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