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10/12/2011

SÃO MIGUEL: Dona Raimunda ganha memórial e novo documentário

A história da quebradeira de coco dona Raimunda será eternizada a partir desta quinta-feira, 8, com a inauguração do Memorial Raimunda Gomes da Silva, no assentamento Sete Barracas, no município de São Miguel do Tocantins. De acordo com documentarista e jornalista Marcelo Silva, que produziu o documentário Raimunda, quebradeira de coco, a princípio resistindo à proposta, dona Raimunda aceitou a idéia e usou o dinheiro da própria aposentadoria e ajuda de amigos para construir o memorial, onde estarão expostos, entre outras informações, o acervo pessoal da quebradeira como os prêmios que ela já recebeu, as músicas e poesias que foram feitas em homenagem a ela. “Está salva a memória dela”, destaca Silva.




A inauguração vai ser registrada pelo jornalista, que encerra com esse evento as gravações para o segundo documentário de dona Raimunda, o Raimunda, a doutora.



Em entrevista, Marcelo Silva contou que desde que foi lançado o Raimunda, quebradeira de coco, uma equipe continuou acompanhando a vida dessas mulheres. E nesta segunda edição, o documentário vai retratar o que mudou e quais foram as conquistas que as quebradeiras tiveram nos últimos quatro anos, como por exemplo, as casas populares, adaptadas a sua realidade, que elas receberam do presidente Lula. “Houve muitas modificações”, pontua.



Com esses últimos registros, Silva disse que agora será feita a finalização do filme que já está pré-montado. A previsão é que no primeiro semestre de 2012 seja lançado o documentário. O nome do filme é resultado do título doutor honoris causa, a maior honraria da Universidade Federal do Tocantins (UFT), que dona Raimunda recebeu em 2009.



Nacional



As quebradeiras de coco também são as personagens do documentário Quebradeiras, de Evaldo Mocarzel.



O filme, vencedor do Festival de Brasília de 2009 com os prêmios de direção, fotografia e som, estreou no último final de semana em São Paulo e no Rio de Janeiro.



Segundo Marcelo Silva, Mocarzel é o maior documentarista da atualidade. “Ele é muito produtivo”, comenta. Sobre as duas produções, Silva explicou que são produções diferentes, já que Mocarzel fez um filme mais poético, explorando a musicalidade. Enquanto Marcelo produziu um material mais informativo, mostrando a realidade do dia a dia das quebradeiras. (Jornal do Tocantins)

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