A União do Tocantins não mais existe, e isto até que poderia significar o fim de uma era, ou a morte de um grupo político. Mas não é o que vai acontecer, como veremos.
A União que havia (?) se perdeu com o passar do tempo desgastada pelas inúmeras rebeliões e abandonos. Novas frentes, interesses e partidos foram aparecendo, alguns, inclusive, com a missão específica de bater com força na ‘velha’ União e no ‘velho da União’.
Na verdade, UT, como ficou conhecida, é mais um artefato publicitário que marca a criação do Estado, do que propriamente um ideário político-partidário. Teve vida longa pela vontade de Siqueira Campos, mas o fato é que se desintegrava a cada dia que passava. Havia e há outros interesses entre os filhos e afilhados que foram abandonando e voltando à UT nos últimos dez anos, conforme o sabor dos ventos ou oportunidades.
A UT, como peça do marketing político, surgiu junto à primeira campanha eleitoral tocantinense para dar sustentação e eleger José Wilson Siqueira Campos, então do PDC, como o primeiro governador do Tocantins. Foi bandeira para Siqueira voltar ao poder por mais duas vezes e ajudou a forjar muitos dos atuais líderes, mesmo quem hoje está a pleno vôo ou até dando rasantes por aí.
Mas se colocarmos uma lupa, a UT, rebatizada nesta semana como Tocantins Levado a Sério, traz poucas mudanças significativas. Os políticos são os mesmos que há mais de vinte anos se unem com o mesmo objetivo: levar um grupo ao poder, grupo este liderado pelo inquebrantável Siqueira Campos, hoje tucano.
Se opondo à rebatizada, mas não repaginada UT, como sempre, está o PMDB. Ou seja: nesta eleição estarão em palanques diferentes os mesmos que se opõem desde que o Tocantins virou Estado.
PMDB já liderou o Movimento de Salvação do Tocantins (MST) e elegeu governador em 1992 o hoje deputado federal Moisés Avelino, à época, opositor de Siqueira. Aquele MST, diferentemente do homônimo que continua serelepando nos campos e nas cidades deste País, evaporou.
Um ex-peemedebista, Marcelo Miranda, foi para União pelo PFL e os utistas o fizeram governador. Deu meia volta e, no PMDB, empinou a carroça peitando o criador. A propósito, o grupo de MM foi denominado Aliança da Vitória. Sob ardis que acabaram por puni-lo a criatura derrotou o criador.
Marcelo fez tantas traquinagens que foi apeado do cargo pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não sem ficar imensamente robusto junto ao eleitorado. Ao menos é o que dizem as pesquisas. Tanto é verdade que vem enfrentando uma queda de braço por dia desde que saiu do governo e vencendo a todas, escorado na popularidade e no dinheiro adquiridos. Na convenção desta semana Marcelo se impôs novamente e conseguiu uma vaga como candidato ao Senado. A Aliança da Vitória de Marcelo, que não é mais só dele, nesta eleição será Força do Povo, ainda liderada pelo PMDB, só que agora sob o comando do atual governador Gaguim.
É difícil avaliar como Paulo Mourão e o PT vão se sair na eleição de outubro. O fato é que ele e sua comitiva, antes mesmo de se fazerem candidatos, fato que ocorreu na semana passada, rodaram o Estado inteiro tecendo críticas pesadas ao governador Gaguim e semeando em terreno árido, embora ávido. O PT, esperança de terceira via para muitos, sucumbiu à agilidade e aceleração do governador Gaguim. Para ganhar a eleição do ‘velho’, vale tudo, nem que seja preciso se agarrar aos caciques/morubixabas de Brasília. O PT tocantinense, em ano de seleção brasileira de futebol, deixou o vermelho-sangue de sua bandeira de lado, e amarelou.
Fotos: Miguel de Lima A União do Tocantins não mais existe, e isto até que poderia significar o fim de uma era, ou a morte de um grupo político. Mas não é o que vai acontecer, como veremos.
A União que havia (?) se perdeu com o passar do tempo desgastada pelas inúmeras rebeliões e abandonos. Novas frentes, interesses e partidos foram aparecendo, alguns, inclusive, com a missão específica de bater com força na ‘velha’ União e no ‘velho da União’.
Na verdade, UT, como ficou conhecida, é mais um artefato publicitário que marca a criação do Estado, do que propriamente um ideário político-partidário. Teve vida longa pela vontade de Siqueira Campos, mas o fato é que se desintegrava a cada dia que passava. Havia e há outros interesses entre os filhos e afilhados que foram abandonando e voltando à UT nos últimos dez anos, conforme o sabor dos ventos ou oportunidades.
A UT, como peça do marketing político, surgiu junto à primeira campanha eleitoral tocantinense para dar sustentação e eleger José Wilson Siqueira Campos, então do PDC, como o primeiro governador do Tocantins. Foi bandeira para Siqueira voltar ao poder por mais duas vezes e ajudou a forjar muitos dos atuais líderes, mesmo quem hoje está a pleno vôo ou até dando rasantes por aí.
Mas se colocarmos uma lupa, a UT, rebatizada nesta semana como Tocantins Levado a Sério, traz poucas mudanças significativas. Os políticos são os mesmos que há mais de vinte anos se unem com o mesmo objetivo: levar um grupo ao poder, grupo este liderado pelo inquebrantável Siqueira Campos, hoje tucano.
Se opondo à rebatizada, mas não repaginada UT, como sempre, está o PMDB. Ou seja: nesta eleição estarão em palanques diferentes os mesmos que se opõem desde que o Tocantins virou Estado.
O PMDB já liderou o Movimento de Salvação do Tocantins (MST) e elegeu governador em 1992 o hoje deputado federal Moisés Avelino, à época, opositor de Siqueira. Aquele MST, diferentemente do homônimo que continua serelepando nos campos e nas cidades deste País, evaporou.
Um ex-peemedebista, Marcelo Miranda, foi para União pelo PFL e os utistas o fizeram governador. Deu meia volta e, no PMDB, empinou a carroça peitando o criador. A propósito, o grupo de MM foi denominado Aliança da Vitória. Sob ardis que acabaram por puni-lo a criatura derrotou o criador.
Marcelo fez tantas traquinagens que foi apeado do cargo pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não sem ficar imensamente robusto junto ao eleitorado. Ao menos é o que dizem as pesquisas. Tanto é verdade que vem enfrentando uma queda de braço por dia desde que saiu do governo e vencendo a todas, escorado na popularidade e no dinheiro adquiridos. Na convenção desta semana Marcelo se impôs novamente e conseguiu uma vaga como candidato ao Senado. A Aliança da Vitória de Marcelo, que não é mais só dele, nesta eleição será Força do Povo, ainda liderada pelo PMDB, só que agora sob o comando do atual governador Gaguim.
É difícil avaliar como Paulo Mourão e o PT vão se sair na eleição de outubro. O fato é que ele e sua comitiva, antes mesmo de se fazerem candidatos, fato que ocorreu na semana passada, rodaram o Estado inteiro tecendo críticas pesadas ao governador Gaguim e semeando em terreno árido, embora ávido. O PT, esperança de terceira via para muitos, sucumbiu à agilidade e aceleração do governador Gaguim. Para ganhar a eleição do ‘velho’, vale tudo, nem que seja preciso se agarrar aos caciques/morubixabas de Brasília. O PT tocantinense, em ano de seleção brasileira de futebol, deixou o vermelho-sangue de sua bandeira de lado, e amarelou.
Convenções
Nesta quarta-feira (30), em Palmas, durante as convenções que definiram nas duas coligações pelo menos os nomes majoritários que disputarão as eleições, as duas forças políticas demonstraram o equilíbrio que será esta eleição. A estrutura e a militância - boa parte do interior do Estado - se dividiu entre os palanques. Não dá para dizer com clareza quem conseguiu o maior público.
Os discursos tiveram a veemência de sempre. O tucano disse que pretende voltar ao Palácio Araguaia, de onde já despachou por três mandatos, por entender que Estado perdeu seu foco no progresso. Apresenta como prioridade em mais um eventual governo Siqueira Campos a industrialização para geração de empregos e o combate à fome, ao narcotráfico, o empobrecimento e à violência.
Carlos Henrique Gaguim, que desde a eleição indireta da Assembleia Legislativa vem dando show de articulação lembrou, em seu discurso, das bicicletas das “criancinhas”, e dramatizou: “Tirem meu sorriso, tirem minha vida, mas não tirem o sorriso destas crianças”. Quem certamente não sorriu no dia 30 foi o senador Leomar Quintanilha (PMDB), aliado de primeira hora do governo Gaguim, e que teve de deixar seu espaço para os petistas.
Em política, como se sabe, não há espaço para sentimentalismo. Uns estão em festa nesta semana, outros apenas lambem as feridas, ou, quem sabe, preparam o próximo bote, ops! passo.
Coligação Tocantins Levado a Sério
PSDB, DEM, PR, PTB, PV, PSC, PRTB, PTN, PMN, PTC, PT do B e PRB
Governador: Siqueira Campos (PSDB)
Vice-governador: João Oliveira (DEM)
Senador: João Ribeiro (PR)
Senador: Vicentinho Alves (PR)
Coligação Força do Povo
PMDB, PT, PP, PDT, PSB, PPS, PSL, PSDC, PHS, PCdoB e PRP
Governador: Carlos Henrique Gaguim (PMDB)
Vice-governador: Valderez Castelo Branco (PP)
Senador: Marcelo Miranda (PMDB)
Senador: Paulo Mourão (PT)
(Paulo Albuquerque e Paulo Palmares)
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