Estava essa semana conversando com minha cunhada, Fabiana, e ela, fã do momento ler histórias para a filha, Letícia, 6 anos, veio comentar comigo um fato bem interessante: contar histórias para acalmar a criança.
Numa noite maldormida daquelas, em que Letícia passou mal, teve febre e não conseguia pegar no sono, Fabiana viu-se em plena madrugada pegando um livro da estante para acalmar Letícia. Funcionou. A menina ia pedindo mais história, ia se envolvendo com as ilustrações e o incômodo do mal-estar causado pela doença foi se distanciando, relaxando a menina até que ela adormeceu.
Ana Paula Pontes, repórter aqui de Crescer, quando ouviu esta história acrescentou: “e a mãe se acalma também”. Ana é adepta das histórias para tudo (já contei até que ela lê uns trechinhos de livros dentro do carro para o seu filho João, impaciente com o trânsito) e atesta que, em noites de crise de asma do João, os livros acalmaram a família toda.
É claro que isso não é novidade. A renomada Associação Viva e Deixe Viver é especialista em juntar voluntários para lerem histórias para crianças doentes em hospitais. O trabalho deles – e de outras entidades ou determinados grupos em determinados hospitais – é de bater palmas. Porque nessa atividade, você constrói muita coisa de uma só vez: acalma a criança, tranquiliza você da angustiante situação de ver uma criança doente não importa a gravidade, incentiva a leitura, aumenta o repertório da criança e ainda faz uma ponte de prazer entre o livro e a criança.
Por isso sempre digo que livros têm que estar a mão. Fáceis de pegar, tem que estar tão próximos da criança para você acioná-los quando menos se espera. E ter noites mais tranquilas.
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