Ads 468x60px

09/03/2010

Pronunciamento proferido pelo Deputado César Halum, em Sessão Extraordinária.

Sr. Presidente, a par de todas essas discussões, procurei não me manifestar, tentando viabilizar um caminho mais tranquilo, uma travessia melhor neste momento de instabilidade política dentro do Estado.


Estou filiado ao DEM desde o dia 16 de março de 1988. Portanto, aqui nós éramos Estado de Goiás. Fui vereador na cidade de Araguaína pelo PFL, hoje DEM. Acho que tenho uma história dentro do partido. Mas nós procuramos, aqui nesta Casa, fazer um trabalho que pudesse fazer crescer o nosso partido, fazer com que o Democratas do Tocantins aumentasse de tamanho. Em todas essas articulações, a indicação do Deputado Paulo Roberto para Vice-Governador abriria um caminho para um suplente assumir, que era do Democratas.

Com a ascensão do Presidente Carlos Henrique Gaguim, desta Casa, ao cargo de Governador, um outro suplente assumiria, que também era do DEM, e nós estaríamos aumentando aqui nesta Casa a nossa Bancada, tendo um Vice-Governador. Acho que o nosso trabalho foi digno para o partido, de mostrar que defendemos os interesses da nossa sigla partidária, e em momento nenhum nós aqui vendemos voto. Quando eu me referi à declaração da nobre Senadora Kátia Abreu, a quem eu respeito muito, dizendo que era uma compra explícita de votos em troca de cargos, eu me senti ofendido, porque eu entendo que, para existir um comprador, tem que haver um vendedor e que logicamente os vendedores eram aqueles que estavam indicando cargos no Governo, e eu tenho participação nessa indicação. E eu não indiquei cargos que eram bons para o César Halum; eu indiquei, a meu ver, o que era bom para o Estado do Tocantins. Sabe por quê? Porque, se este Governo for bom ou se for ruim, se ele for bem ou se for mal, a responsabilidade é desta Assembleia.A Justiça Eleitoral transferiu para os 24 Deputados desta Casa a responsabilidade pelos destinos do Estado do Tocantins. E, se eu vou ser responsabilizado pelos resultados, eu quero participar do Governo, dar a minha contribuição, para, na parte que me tocar, eu poder fazer bem feito; se possível, melhor do que era feito anteriormente.Então, o que eu entendo é uma rejeição aos novos 24 líderes que se apresentam no mercado eleitoral do Tocantins como potenciais para o futuro. Isso talvez esteja incomodando, mas esses líderes maiores sempre tiveram um grande trabalho, prestaram serviços ao Estado, mas sempre tiveram a nossa contribuição. Chegaram aonde estão porque nós carregamos muitas bandeiras, nós juntamos pessoas, nós aglutinamos gente para que eles pudessem chegar aonde chegaram.Eu só queria que eles nos dessem uma oportunidade de mostrar ao Tocantins que somos capazes de fazer bem. Se o Governo for ruim, for mau, que nos condenem, mas não nos condenem antes de nos dar a oportunidade de fazer um Governo para o povo tocantinense julgar.Então, é por isso que eu fiz essa manifestação de descontentamento do meu partido. Propus à minha Bancada hoje entregar a Liderança do Democratas, pois me sinto constrangido de ser líder num momento desses, porque respeito muito a Senadora Kátia Abreu. Eu estive com ela há três, quatro dias, conversamos sobre esses problemas. Ela me sinalizou ainda uma condição, a de que eu pudesse viabilizar uma aproximação, para acabar com toda essa situação, mas, dois dias depois, ela faz uma declaração em um jornal de circulação nacional, que é a Folha de S. Paulo, dizendo dessa venda de votos.Portanto, não me sinto vendedor de votos; sou responsável pelos meus atos. Que o povo tocantinense nos julgue pelo resultado deste Governo. Nós somos responsáveis por ele. E eu, quando participo de um Governo ou de qualquer ação, eu me entrego. Vou me entregar ao Governo Gaguim como me entreguei ao Governo Marcelo Miranda, como servi, durante onze anos, ao ex-Governador Siqueira Campos, com toda a lealdade. Eu acho que, enquanto eu estou servindo a alguém, eu tenho que ser leal àquela pessoa. E eu acho que o Governador Marcelo Miranda não pode, em momento nenhum, reclamar da minha lealdade. Estive solidário com ele até o último momento. Até hoje acho que ninguém deve criticá-lo pelo seu Governo, porque foi um Governo ao qual nós, a maioria nesta Casa, dávamos cobertura e dávamos posição. E eu acho que o mínimo que nós podemos fazer é ser solidários com ele, que está pagando uma conta sozinho, porque, se ele foi cassado por crime eleitoral, por doação de óculos, todos nós, da coligação, fomos beneficiados, e só ele está pagando a conta.Então, eu tenho que ser, no mínimo, solidário, e esta é a minha posição, de dizer que eu me mantenho firme e que o que o nosso partido, o DEM, deveria fazer agora não era ter um presidente ou uma líder que diz o que nós temos que fazer. Reúnam o partido, chamem os prefeitos, os vereadores, os líderes, façam uma grande assembleia para se saber que destino o DEM quer tomar no Tocantins.

Os quatro Deputados desta Casa tomaram a decisão de acompanhar Carlos Henrique Gaguim porque o Tocantins não suporta trocar de Governador outra vez, trocar dois Governadores em trinta dias. O Estado não suporta isso, e nós temos responsabilidade com o futuro do Tocantins.



Muito obrigado, Sr. Presidente.

0 comentários:

Postar um comentário